Proposta para a Construção de um Ecossistema de Empreendimentos Sustentáveis na Amazônia

14/02/2012

Engenheiro inventa chuva sólida para ser usada na agricultura

14/02/2012 - 15h31
FOLHA DE SÃO PAULO

Uma "chuva sólida", fabricada nos mesmos moldes das fraldas descartáveis de bebês, é a nova tecnologia para ser aplicada na agricultura durante períodos de seca.

A invenção do engenheiro mexicano Sergio Rico, do Instituto Nacional de Politécnica, usa o poliacrilato de sódio. A substância é capaz de concentrar grandes quantidades de água em forma de gel.

Henry Romero/Reuters
O gel que absorve a água da chuva é enterrado nas raízes das plantas para mantê-las úmidas
O gel que absorve a água da chuva é enterrado nas raízes das plantas para mantê-las úmidas

O bloco de gel é colocado perto da raiz do vegetal para que possa absorver a água das chuvas. Cada quilo de chuva sólida armazena litros de água. Detalhe: a vida útil do produto é longa, variando entre oito a dez anos.

A equipe de Rico já testou a chuva sólida em pés de milho e obteve uma colheita bem superior ao método tradicional utilizado para aguar a área plantada.

13/02/2012

Garrafas PET podem ser usadas para a produção de verniz

13/02/2012 - 09h34
GIULIANA MIRANDA
FOLHA DE SÃO PAULO

Em vez de ir para o lixo, garrafas PET usadas podem ser transformadas em matéria-prima para a produção de verniz, substituindo compostos derivados de petróleo.

No seu estudo de mestrado pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o químico Antonio Eduardo Ferreira Alves da Silva desenvolveu uma técnica para transformar as garrafas plásticas jogadas no lixo em um verniz em pó que pode ter várias aplicações: de utensílios domésticos a eletrônicos e indústria automotiva.

O experimento, que já foi patenteado, levou a última edição do prêmio de pesquisa da Abripet (Associação Brasileira da Indústria do PET).

"O trabalho é importante porque aproveita um material que seria descartado e poderia acabar jogado de qualquer jeito, prejudicando o ambiente", disse Silva, que já tinha grande experiência no mundo das tintas industriais antes de se aventurar pelo ramo da pesquisa.

O cientista lidou com material que já havia sido descartado. Após serem moídas, as garrafas passam por um processo de degradação que altera seu peso molecular.

O material passa ainda por outros processos até ser incorporado à receita que forma o verniz sustentável.

O resultado já mostrou que o material é viável para diversos usos e aderiu bem às superfícies em que foi testado.

APERFEIÇOAMENTO
 
Silva ressalta que o verniz em pó ainda precisa ser aperfeiçoado antes de entrar no mercado --o que ainda não tem previsão de acontecer.

"Para ser comercializado, é preciso resolver alguns problemas eventuais, como a formação de bolhas."
Além disso, diz o cientista, o material é bastante duro. "Algumas aplicações pedem maleabilidade do verniz. É uma propriedade que precisa ser levada em consideração", completa.

Por enquanto, o verniz em pó sustentável de Silva ainda está restrito ao laboratório, mas já existem no mercado tintas e vernizes que usam o PET como um de seus componentes.
"Mas o uso ainda é restrito. Temos que disseminá-lo", afirma Silva.